O que as empresas querem?
O que acontece quando você dá o máximo de si e ainda assim leva um pé no traseiro? Por que as empresas nunca estão satisfeitas? Quais as razões para os gestores não dizerem claramente aquilo que esperam de você? Quando é que você vai conseguir fazer tudo o que a empresa quer?
A impressão geral é a de que quanto mais você faz, menos valorizado você é. Se fosse possível sintetizar o pensamento geral das organizações em uma ideia ou frase, por mais absurda que pareça, seria algo do tipo “você não faz mais nada do que a sua obrigação” ou ainda “você está sendo bem pago pra isso”.
No fundo da sua alma, você sabe que não é bem assim. Às vezes, você faz mais, às vezes você faz menos. Quando você produz mais do que o necessário, não por que lhe mandam, mas porque é o seu jeito de ser e você gosta de se sentir útil, o chefe sabe, mas nem sempre lhe dá o devido reconhecimento.
Quando você faz menos, e você sabe por que isso acontece, acaba sendo percebido facilmente, não apenas por você, mas por todos aqueles que o rodeiam; portanto, é necessário administrar melhor esse comportamento, afinal, não há mais espaço para corpo mole e ociosidade nas empresas.
Ao contribuir mais, você tem chances de se manter vivo na organização, ainda que não seja reconhecido como gostaria. Ao contribuir menos, você pode pagar um preço alto por isso, é questão de tempo. Essa questão alimenta um antigo dilema no mundo corporativo: fazer o que gosta ou gostar do que faz enquanto não faz o que gosta?
Talvez você leve muito tempo para encontrar o seu verdadeiro lugar no mundo e isso não é defeito nem virtude. Trata-se apenas de uma fase transitória, experimentada por milhares de profissionais em diferentes estágios da vida embora, reconheçamos juntos, alguns encontrem isso mais cedo do que outros.
A diferença fundamental entre você e a grande maioria será a maneira como vai administrar as emoções, positivas ou negativas, ao longo da sua carreira profissional. Alguns pesquisadores são convergentes ao afirmar que 90% dos problemas identificados nas empresas é comportamental.
O que significa isso? Quanto às técnicas, metodologia, planejamento, estratégia, posicionamento etc., aprende-se facilmente e para isso existem escolas de negócio, livros, faculdades e universidades. O comportamento humano, entretanto, é digno de tese.
Assim, por mais que se esforce, estude ou apele para mentores e gurus, você estará sempre sujeito aos modelos mentais previamente estabelecidos desde a sua mais tenra infância. Se este for o seu caso, o esforço deverá ser mais intenso em busca do equilíbrio necessário para se dar bem, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional.
Os 7 tipos de pessoas incômodas nas empresas
O fato de alguém posicionar-se de maneira positiva no trabalho não garante uma carreira meteórica; entretanto, garante uma vida mais confiante, mais desafiadora e mais produtiva. Vejamos os 7 tipos de pessoas incômodas nas empresas:
Pessoas que reclamam o tempo todo: nem as empresas nem as pessoas ao lado aguentam pessoas assim; portanto, esforce-se para não fazer parte desse grupo que está sempre na mira do chefe; reclamar o tempo todo faz com que você seja rotulado de maneira negativa ainda que você esteja coberto de razão.
Pessoas que se fazem de vítimas: o mundo está cheio de especialistas nessa área, pessoas dissimuladas, que não se importam com a dor alheia, que fazem de tudo para chamar atenção como se fossem o centro do mundo.
Pessoas que conspiram no corredor: em síntese, pessoas que torcem contra e não movem uma palha nos momentos de dificuldade, que minam a boa vontade e a criatividade dos novatos, que semeiam fofocas e inimizade entre as facções.
Pessoas essencialmente operacionais: empresas maduras, é claro, que consideram o potencial humano um ativo importante; empresas do século passado ainda pensam que somente algumas pessoas pensam; se for esse o seu caso, existem empresas que pensam diferente e precisam de mais pessoas que pensam.
Pessoas acomodadas: presas à zona de conforto, contentes com o pouco que ganham, cumpridoras de horários à risca, do tipo que só faz aquilo que lhe mandam ou nada mais do que lhe mandam.
Pessoas indisciplinadas: que ignoram normas, políticas e procedimentos; que se julgam acima do bem e do mal por estarem próximas do chefe, do dono ou do padrinho político.
Pessoas que não se atualizam: pessoas de um livro só, que mal se lembram da última vez em que participaram de um curso ainda que tenha sido patrocinado pela empresa; o mundo é dinâmico e o conhecimento muda rapidamente; portanto, se você não muda com ele, estaciona e retrocede.
A natureza humana é difícil de ser entendida e atendida, sabemos disso, e as empresas são feitas de pessoas, sujeitas a erros e acertos, independentemente da posição que ocupam. Contudo, as empresas vivem de resultados para se manter vivas no mundo dos negócios cada vez mais acelerado, competitivo e hostil.
Certamente, eu poderia escrever um tratado sobre o que os colaboradores não querem das empresas, pois elas também erram muito. A diferença é que as empresas podem escolher e substituir seus colaboradores com mais facilidade do que eles podem fazê-lo.
O mercado de trabalho é uma guerra silenciosa. O máximo esforço não garante a sobrevivência no emprego, mas a mínima reclamação é suficiente para que a pessoa seja substituída sem aviso prévio.
Reclamar, ficar indignado, posicionar-se diante das injustiças é um direito, desde que feito de maneira inteligente, inclusive para avaliar se você está no cargo e na empresa certa.
Contudo, o uso indiscriminado de qualquer um dos pontos acima mencionados não vai salvar a sua pele quando o senso de justiça for praticado como deve ser, principalmente nas empresas em que valores fortes, como comprometimento, esforço e lealdade, vem em primeiro lugar.
Todos os dias, ao acordar, você pode fazer escolhas, para o bem e para o mal. Essa responsabilidade é sua, e de mais ninguém; portanto, se tiver que optar, mire em algo que o faça contribuir, crescer e se tornar uma pessoa e um profissional melhor.
Acredite, não é somente pela empresa, é por você, afinal, em caso de demissão, a empresa permanece e encontra um substituto facilmente. Você, ao contrário, continuará tendo que seguir um novo caminho para provar a sua capacidade, seja qual for a empresa em que você queira trabalhar. É simples assim!
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