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Energia ou experiência? [ Um desafio na construção das equipes ]

Há um dilema que ainda persiste na maioria das organizações em razão da elevada competitividade que tomou conta da economia mundial: apostar todas as fichas na experiência dos mais velhos ou na energia e no ímpeto dos mais novos?

Por se tratar de uma questão meramente subjetiva, considerando que inteligência não tem idade e esforço é uma característica muito particular, o mundo corporativo está recheado de exemplos de sucesso e insucesso em ambos os lados.

A pressão exercida pelo mercado faz as empresas optarem cada vez mais pela energia dos mais novos como a “salvação da lavoura”. Algumas o fazem por questão de custos uma vez que os mais novos, em geral, estão sempre dispostos a trabalhar mais e, por um período controlado, ganhar menos.

Em termos de produtividade, profissionais mais novos em geral são ousados e menos hesitantes pelo simples fato de ter que mostrar trabalho para conquistar o seu espaço, além da vantagem competitiva que carregam com o domínio da tecnologia. Dez ou doze horas fazem muita diferença dependendo do lado em que você está.

Por conta disso é comum vê-los atropelar quem estiver pela frente ainda que isso lhe custe o cargo mais adiante. Em termos de liderança, salvo raras exceções, os mais novos têm muito o que aprender.

No auge da sua impetuosidade juvenil, qualquer recém-formado se sente capaz de revolucionar o mundo e a mínima possibilidade de crescimento é suficiente para uma discussão acalorada. Se por um lado há energia de sobra, por outro falta equilíbrio e visão de longo prazo.

Na prática, é impossível atropelar as diferentes fases da vida profissional. De qualquer maneira, os mais novos precisam ganhar terreno, algo que demanda uma postura mais agressiva e interessada, por assim dizer.

A observação pura e simples dos fatos me diz que, a despeito da energia canalizada unicamente para resultados, não raro, os mais novos acabam atropelando o bom senso.

Contudo, não se pode ignorar o fato de que a força dos mais novos traduz a impressão de que os mais experientes precisam ser substituídos na tentativa de “oxigenar” a empresa. Como disse certa vez o Max Gehringer, um termo tosco utilizado para se livrar dos ineficientes.

Apesar do esforço da gerência sênior para manter o respeito entre profissionais tão distintos, o conflito entre ambos é comum, razão pela qual o dilema persiste: aproveitar a experiência dos mais velhos ou apostar na energia dos mais novos? Conceder novas oportunidades para os mais antigos, os quais se mantiveram fiéis nos momentos mais difíceis, ou esquecer que eles existem, considerando que os tempos mudaram?Energia ou experiencia?

Antes de responder a essa questão, vale destacar a experiência japonesa sobre o assunto. É sabido que no Japão dificilmente um profissional assume cargos de liderança antes dos quarenta ou cinquenta anos e um presidente de empresa, antes dos 60 anos.

O respeito à sabedoria dos profissionais mais experientes faz parte da cultura milenar japonesa. Por essas e outras razões, o estilo japonês de produção – organizado, planejado e sistemático – faz com que os principais bens produzidos naquele país – aparelhos eletroeletrônicos, câmeras, motos, veículos etc. – sejam admirados no mundo todo.

Esse fato contraria muitas teorias que conspiram a favor da renovação do quadro de profissionais com base na idade. Isso demonstra que a construção do aprendizado leva tempo, porém culmina com uma virtude essencial no mundo dos negócios, a experiência, a mesma que fez do Japão uma das economias mais prósperas do planeta.

Tenho acompanhado esse dilema com frequência nas empresas onde atuo, no papel de consultor e treinador, o que me permite compartilhar minha experiência pessoal com algumas lições que considero fundamentais para extrair o melhor da situação:

Entre a energia e a experiência, fique com os dois. Mesclar energia e experiência é um grande desafio para os gestores e, ao mesmo tempo, uma excelente maneira de aproveitar o máximo potencial de profissionais extremamente producentes em fases distintas da vida.

Nunca estimule a concorrência desleal. Colocar alguém para fazer sombra para os mais experientes (ou mais velhos, na prática) é uma atitude de desrespeito e falta de consideração com o profissional que, às vezes, precisa apenas de reposicionamento. Seja honesto e direto com ele e o efeito será mais benéfico.

Cada um no seu quadrado. Não tente sugar a energia que os profissionais mais experientes já não apresentam tampouco queira exigir dos mais novos a experiência que ainda não têm. Com um pouco de habilidade, metas e objetivos bem definidos, além do diálogo aberto entre as partes, será possível extrair o melhor de cada um e estimular a convivência pacífica entre eles.

O tempo não dá saltos. As fases da vida profissional são diferentes e o ciclo de vida das empresas alterna o tempo todo entre fracasso, mudança, sucesso e reinvenção, independentemente do esforço e da idade dos profissionais por ela contratados.

Por fim, lembre-se: o profissional inescrupuloso que hoje dispensa profissionais baseado exclusivamente no critério da idade, amanhã será dispensado também, geralmente pelo mesmo motivo, para o bem da empresa e para o seu próprio bem.

Quer saber mais? Leia o artigo Você tem o perfil desejado pelo mercado de trabalho? 

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Olá! Seja muito bem-vindo! Sou Administrador, Coach, Mentor, Professor Universitário para Cursos de MBA e Palestrante com mais de 40 anos de experiência profissional em empresas de médio e grande porte, além de ser…

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