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Emprego trampolim: o que considerar antes de sair

Porque as pessoas “preferem” o emprego trampolim

Antes de iniciar qualquer exposição sobre o tema, sugiro que leia as questões a seguir e veja se existe alguma mera semelhante com a sua situação atual.

  • Você já encontrou o emprego dos seus sonhos?
  • Você acorda toda segunda-feira já pensando na sexta?
  • Você fica contando os minutos que faltam para se mandar do trabalho todos os dias?
  • O único motivo pelo qual você ainda está no emprego é aquela bendita estabilidade?
  • A empresa em que você trabalha proporciona chances de crescimento?
  • O seu emprego atual é definitivo ou você está nele até encontrar alguma coisa melhor?
  • Você não vê a hora de passar num concurso público e mandar o chefe para aquele lugar?
  • O que você faz proporciona o mínimo de alegria e satisfação?

Durante determinada fase da vida, muitas pessoas adotam a filosofia que se pode chamar de “emprego trampolim”. O fato é que o tempo passa e consolida uma legião de profissionais que, mesmo depois de 10 ou 20 anos de trabalho, continua tentando encontrar um lugar ao sol.

Por esses e outros motivos, as pessoas aguentam absurdos dentro das empresas, enquanto não encontram algo melhor para fazer. Isso aconteceu comigo há muito tempo, porém não deixa de ser um aprendizado.

Nas minhas andanças pelas empresas, é comum encontrar profissionais desmotivados, apesar de qualificados. Quando pergunto a eles a razão e de não terem tomado uma atitude e tentado algo novo, as justificativas estão na ponta da língua.

Emprego trampolim
Image by pressfoto on Freepik

As respostas são as mais variadas possíveis: falta somente anos para aposentar, minha esposa não entenderia, tenho dois filhos casados e desempregados, não sei ficar em casa sem fazer nada, depois que os meus filhos se formarem, quando eu criar coragem e assim por diante.

Isso são apenas desculpas, mas o fato é que muitas pessoas não querem enxergar o lado bom das coisas, outras são negativas por natureza e outras simplesmente adoram uma zona de conforto.

Com o advento da globalização e a entrada das novas gerações12 (Y e Z) no mercado de trabalho, essa prática tornou-se ainda mais comum. Diferente da geração tradicional, dos chamados baby boomers e da Geração X, essas duas gerações se acostumaram a mudar de emprego como quem muda de roupa, na esperança de obter uma ascensão profissional e salarial meteórica.

Atualmente, o tempo médio de permanência dos profissionais de hoje na empresa gira em torno de 5 a 10 anos, diferente dos nossos pais e avós que conseguiram a proeza de trabalhar em torno de 25 a 30 anos, ou mais, na mesma empresa.

Como era comum na época em várias empresas, os homenageados tinham direito a receber relógio de pulso folhado a ouro, placas comemorativas, aperto de mão do acionista, festa de despedida e uma vida coroada de muito orgulho.

Para as gerações anteriores à Y e Z, o trabalho fazia mais sentido. O senso de pertencimento era forte. Meu pai, por exemplo, ficou 30 anos na mesma empresa. O fato de ter não alcançado um cargo de maior importância não diminuiu um milímetro o seu orgulho de ter trabalhado numa das maiores empresas do país.

A geração atual alimenta pouco orgulho da organização em que trabalha e qualquer tempo superior a 5 anos no mesmo emprego pode ser considerado uma anormalidade. Além disso, parte dela muda de emprego com frequência por conta de 100 ou 200 reais a mais no salário, desde que as perspectivas de crescimento sejam melhores e mais aceleradas.

O conceito de emprego trampolim

Para fundamentar o conceito de “emprego trampolim”, deixo aqui uma série de observações registradas ao longo de 40 anos de carreira, que exemplificam bem as características e atitudes de quem adota essa prática.

Isso pode dar certo até determinada fase da vida, entretanto, você nunca será feliz enquanto não descobrir e tratar a fonte da sua insatisfação no trabalho. E adivinhe: não é o seu salário.

  • Você muda frequentemente de emprego para melhorar de cargo e de renda, mas está sempre pensando no próximo;
  • Quando o salário é razoável, você acha que o ambiente não presta, o chefe é incompetente e o patrão está enriquecendo às suas custas;
  • Você levanta toda segunda-feira já pensando na sexta; quando chega sexta-feira, você é convocado para trabalhar no fim de semana e, então, você quer morrer;
  • Você só faz aquilo que lhe mandam ou nada além do que lhe mandam porque não ganha o mesmo salário que o colega ao lado;
  • Você só estuda se a empresa pagar metade do curso, afinal, você está fazendo isso para melhorar o seu desempenho no cargo e o resultado da empresa;
  • Você não levanta uma questão nas reuniões onde as manifestações são livres; porém desce a lenha no chefe e na empresa facilmente pelos corredores;
  • Pelo fato de ser formado em universidade de primeira linha, ter feito MBA no exterior e falar inglês fluente, você pensa que merece um cargo de diretor o mais breve possível, senão vai pedir a conta;
  • Por fim, você diz para todo mundo que só está na empresa porque ainda não encontrou emprego melhor, mas isso é apenas uma questão de tempo.

Como administrar a ansiedade do emprego trampolim

É natural que o ser humano deseje crescer, dia após dia, independentemente da formação educacional, cor, sexo ou religião. É natural também que as pessoas queiram mudar quando possível, na esperança de encontrar profissão e trabalho mais adequados às suas necessidades, estilo de vida e de pensamento.

Contudo, é importante também que as novas gerações tenham consciência de que, quanto mais cedo encontrarem a sua verdadeira vocação, menor o sofrimento e maior a chance de realização pessoal e profissional. Não dá pra exigir, mas é necessário pensar a respeito.

Apesar disso, existem certas práticas que não podem ser toleradas no mercado atual de trabalho, para o bem das empresas e dos profissionais. O espírito imediatista (e materialista) que tomou conta da atual geração de trabalho, além de um certo desprezo pela hierarquia, regras e procedimentos, tem um custo alto para as empresas.

Essas práticas têm a ver com valores e princípios bem definidos. Por essa razão, empresas devem reavaliar suas políticas, e profissionais devem reavaliar regras de convivência, a fim de proporcionar mais orgulho, espírito de equipe e satisfação no trabalho.

Obter mais comprometimento, mais empenho, mais resultados e, acima de tudo, a tão sonhada lealdade por parte e ambos, é uma tarefa que demanda tempo, investimento e mínima garantia, algo que poucas empresas estão dispostas a oferecer.

Emprego trampolim
Image by Freepik

Isso nunca será possível se as empresas continuarem tratando os colaboradores como simples números e estes, por sua vez, se continuarem imaginando que o emprego atual é apenas um trampolim para o próximo, talvez nunca se encontrem profissionalmente.

Você nunca será feliz numa empresa onde o salário é a coisa mais importante a ser considerada; portanto, avaliar se o emprego atual vale a pena pode ser uma tarefa desafiadora.

Aqui estão 7 pontos a serem considerados, antes de seguir pulando de emprego em emprego, até encontrar uma “coisa” melhor:

  • O salário e os benefícios são justos e satisfatórios em comparação com outros empregos na mesma área;
  • O ambiente de trabalho é saudável, com bons relacionamentos interpessoais e comunicação efetiva;
  • A carga de trabalho é gerenciável e equilibrada;
  • O trabalho em si é satisfatório, desafiador e está alinhado com seus interesses e habilidades;
  • A empresa tem uma missão e valores que você acredita e apoia;
  • A localização e horários de trabalho são adequados para suas necessidades pessoais;
  • As oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional estão disponíveis na empresa.

Depois de avaliar esses fatores, você terá uma ideia melhor se o seu emprego atual vale a pena ou se é hora de considerar outras opções. Lembre-se de que a decisão final deve ser baseada em suas próprias prioridades e objetivos pessoais. É simples assim!

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