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Efeitos da infelicidade no trabalho [positivos e negativos]

Sobre infelicidade no trabalho

Você está satisfeito com o seu trabalho? Quando faço essa pergunta para meus alunos, a maioria responde com um sonoro “sim”, mas na medida em que os temas da disciplina são abordados, as opiniões se alternam drasticamente.

Nesse caso, eu fico me perguntando: será que todos eram felizes até o momento em que eu coloquei a questão no ar? Se você perguntar a uma pessoa se ela é feliz, talvez ela deixe de ser naquele mesmo instante.

Em relação à infelicidade no trabalho, vários estudos mostram que altos níveis de estresse podem levar a sentimentos de apatia e insatisfação.

Um estudo de 2018, publicado na revista Occupational Medicine, descobriu que o estresse no trabalho estava significativamente associado a sintomas de ansiedade e depressão entre os profissionais.

A falta de autonomia também pode contribuir para a infelicidade. Um estudo de 2020, publicado na revista International Journal of Environmental Research and Public Health, descobriu que os trabalhadores que relataram níveis mais baixos de autonomia no trabalho eram mais propensos a relatar níveis mais altos de estresse, ansiedade e depressão.

Infelicidade no trabalho 1
Image by Freepik

A cultura organizacional pode desempenhar papel significativo na infelicidade no trabalho. Um estudo de 2021, publicado na revista Frontiers in Psychology, descobriu que uma cultura organizacional tóxica, caracterizada por comportamentos negativos, bullying e falta de respeito, estava associada a níveis mais elevados de estresse, ansiedade e depressão entre os trabalhadores.

Por fim, o famigerado burnout, um estado de exaustão emocional, despersonalização e baixo desempenho, é frequentemente associado à infelicidade no trabalho. Outro estudo de 2020, publicado na revista Journal of Occupational Health Psychology, descobriu que o burnout estava significativamente associado a sentimentos de infelicidade e exaustão entre os trabalhadores.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2018 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), revelou que 59% dos trabalhadores brasileiros estão insatisfeitos com seus trabalhos. Entre as principais causas de infelicidade no trabalho, os entrevistados citaram a falta de reconhecimento e a baixa remuneração.

Em geral, os especialistas sugerem que o nível reduzido de satisfação pode ser creditado ao esforço e à pressão dos empregadores para aumentar a produtividade. Isso resulta em sobrecarga de trabalho, prazos mais apertados para a realização de tarefas, metas cada vez mais desafiadoras e, por consequência, estresse, doenças e infelicidade.

Outro estudo publicado em 2019 na revista Estudos de Psicologia, da Pontifícia Universidade Católica, de Campinas, examinou os fatores associados à infelicidade no trabalho entre os profissionais de saúde no Brasil.

Os resultados mostraram que a sobrecarga de trabalho, a falta de autonomia e a falta de suporte organizacional estavam associados a níveis mais elevados de infelicidade entre os profissionais de saúde.

Por fim, uma outra pesquisa realizada em 2020 pela empresa de recursos humanos Robert Half, revelou que 71% dos trabalhadores brasileiros relatam estar insatisfeitos com seus empregos.

Entre as principais causas de infelicidade no trabalho, os entrevistados citaram a falta de reconhecimento, a falta de oportunidades de desenvolvimento e a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Funcionários felizes são mais produtivos?

De acordo com Stephen P. Robbins, estudioso do comportamento organizacional, esse mito foi criado nas décadas de 1930 e 1940 como resultado, principalmente, de pesquisas realizadas na Western Electric.

Com base nas conclusões da pesquisa, as empresas iniciaram uma cruzada de esforços na esperança de tornar os seus funcionários mais felizes e produtivos. Passaram a adotar práticas como melhoria das condições de trabalho, liderança participativa, seguro de vida, expansão dos benefícios de saúde aos familiares, bolsas de estudo, reuniões informais e até mesmo serviços de aconselhamento.

Efeitos da infelicidade no trabalho
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Apesar dos esforços, uma análise mais acurada dos resultados revelou que, se é que existe um relacionamento positivo entre felicidade e produtividade, essa correlação é baixa. Assim sendo, o fato de os empregados serem premiados com benefícios e salários mais atrativos não implica, necessariamente, em grau de satisfação mais elevado.

Segundo Robbins, tomando-se por base as evidências, uma conclusão mais aproximada é que, na verdade, ocorre o inverso, ou seja, funcionários mais produtivos tendem a ser funcionários felizes, portanto, a produtividade leva à satisfação, e não o contrário.

De fato, quando realiza um bom trabalho, você se sente produtivo, útil, importante, bem consigo mesmo. Além disso, se a empresa onde você trabalha recompensa a produtividade, entre outras coisas, o bom desempenho pode significar o reconhecimento verbal, remuneração melhor, promoção e benefícios de ordem indireta. Leve-se em conta ainda a importância perante os colegas, o aumento do grau de satisfação com o trabalho e, obviamente, da felicidade.

Efeitos da infelicidade no trabalho

O que acontece quando os funcionários estão infelizes no trabalho? Isso pode ser comprovado de várias maneiras nas empresas, em apenas alguns instantes de observação. De modo geral, são funcionários que reclamam ou se tornam insubordinados em vez de pedir demissão, que boicotam as políticas e procedimentos, que fomentam a discórdia no ambiente de trabalho em vez de tomar uma atitude para mudar a si mesmo.

Dan Farrell, Professor da Western Michigan University, sustenta que a insatisfação no trabalho pode ser expressa de várias maneiras:

Saída: comportamento dirigido para o abandono da empresa, incluindo a busca de um novo emprego e a demissão.

Comunicação: tentativa ativa e construtiva de melhorar as condições, incluindo a sugestão de melhorias, a discussão dos problemas com os superiores e algumas formas de atividade sindical.

Lealdade: espera passiva, porém otimista, de que as condições melhorem, incluindo a defesa da organização às críticas externas e a crença de que a empresa e seus dirigentes farão a “coisa certa”.

Negligência: deixar as coisas piorarem, incluindo o absenteísmo ou atrasos crônicos, redução do empenho e aumento dos índices de erros.

Outras consequências não mencionadas por Farrell devem ser levadas em consideração: apatia, desinteresse, valorização excessiva das recompensas materiais, indiferença e falta de comprometimento, rotatividade, produtividade baixa, ineficiência generalizada.

O fato é que o desempenho e a satisfação dos funcionários com o trabalho tende a ser maior quando seus próprios valores e princípios coincidem com os valores da organização. Exemplo prático: uma pessoa que valoriza a criatividade, a liberdade e o conhecimento tende a não se adaptar em empresas que fomentam a hierarquia formal, a obediência e a conformidade de seus funcionários.

Considerando tudo isso, funcionários satisfeitos com o trabalho tendem a permanecer mais tempo no emprego e a tratar melhor os seus clientes. Portanto, as empresas e seus executivos em nível de liderança devem buscar constantemente conhecer as atitudes de seus funcionários.

Lembre-se: são as atitudes, observadas no cotidiano das empresas, que fornecem os indicadores de problemas potenciais; quando as pessoas realizam atividades inconsistentes ou incoerentes com seus conhecimentos, habilidades e atitudes, os índices de absenteísmo e rotatividade também aumentam.

Quando você estiver à procura do primeiro emprego ou de um novo emprego, não leve em conta apenas o tamanho da empresa, a reportagem maquiada que você leu sobre ela na revista, o salário e os benefícios. Considere, acima de tudo, se o ambiente de trabalho é motivador, as possibilidades de crescimento e, principalmente, se o sistema de valores da empresa é compatível com o seu. Existem coisas que a infelicidade no trabalho não remunera.

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