Conquistar as pessoas é uma habilidade. Quando uma pessoa tem a habilidade de se relacionar bem e ser admirada por onde passa, costuma-se dizer que se trata de uma pessoa carismática. O que pouca gente sabe é que uma pessoa não nasce carismática, mas, com o tempo, pode adquirir as habilidades que a levam a se tornar assim.
Max Weber, o grande sociólogo alemão, foi o primeiro a utilizar a palavra carisma, na primeira metade do Século XX, em seus escritos sobre qualidades de liderança que arrebatam a imaginação das massas e inspiram inabalável aliança e devoção.
A partir dele, a palavra passou a ser vinculada automaticamente a pessoas que estão expostas às massas ou multidões – líderes, artistas, políticos, empresários, religiosos – e exercem o dom de influência ou fascinação sobre o público.
Se você faz parte daquela maioria que fica impressionada apenas com a presença de pessoas consideradas carismáticas, lembre-se que o carisma não acontece da noite para o dia.
Em geral, trata-se de uma conquista, quase sempre associada a uma habilidade específica, como a capacidade de oratória, de negociação e de liderança, por exemplo.
Pessoas carismáticas possuem personalidade distinta, cativante, capaz de satisfazer todas as necessidades alheias de motivação e reconhecimento embora não admitam tal condição de destaque ou superioridade.
Pode-se entender o carisma como o talento natural de influenciar pessoas e também de se promover por meio dele. Pessoas como Zilda Arns, Hebe Camargo e Nelson Mandela exprimiam seu carisma com extrema naturalidade. A maioria queria se aproximar delas, conversar com elas, tocá-las, ouvi-las, sentir-se parte integrante do seu universo e do seu apreço.
O poder do carisma é determinado pela capacidade de perpetuação dos indivíduos na Terra. Quando você pensa em carisma logo vem à mente um Airton Senna, Elvis, John Kennedy, Jesus Cristo, Madre Teresa de Calcutá e Mahatma Gandhi.
Apesar de não estarem mais aqui, essas divindades continuam exercendo influência sobre milhares de seguidores e admiradores. Elas conquistaram as pessoas sem vida, por seu trabalho e também pela sua forma de se comunicar.
O que faz com que tais pessoas exerçam tanta influência sobre a humanidade? Você pode atribuir diversos fatores às pessoas que conquistam outras pessoas, porém é necessário responder algumas perguntas muito simples antes de tentar entender os seus segredos.
Você já cruzou o caminho de algum carismático mal-humorado, carrancudo ou feliz com a desgraça alheia? Você conhece algum ser carismático adepto da fofoca, da lamentação, do pessimismo ou da vingança? Definitivamente, não!
Pessoas carismáticas são iluminadas, dotadas de uma energia positiva e superior. Carregam na mente e na alma o sorriso aberto e cativante, o espírito do altruísmo e da docilidade.
Em geral, entendem o seu papel como algo determinante para mudanças positivas e transformadoras no meio em que atuam, pois, voluntariamente, exercitam a vocação a serviço da humanidade com muita simplicidade.
A boa notícia é que qualquer um pode trabalhar para tornar a personalidade mais atraente e carismática. Não estou falando de beleza, corpo escultural nem dinheiro no banco, mas de simplicidade, de valores e princípios.
Quer mesmo conquistar as pessoas? O primeiro passo é tomar consciência de que isso é possível. As habilidades estão adormecidas dentro de cada um, mas é necessário resgatá-las, praticá-las e aperfeiçoá-las.
- Seja natural: a naturalidade é que torna determinadas pessoas mais carismáticas que outras; não invente, evite ser aquilo que você não é, seja simples e original.
- Tenha respeito e consideração pelas pessoas, independentemente do grau de escolaridade, sexo, cor, credo, cultura ou origem; respeito é uma condição universal para a sobrevivência das nações e do diálogo entre os povos.
- Seja bem-humorado: o humor é um imã, faz bem, revigora, atrai amigos e repele os inimigos.
- Seja otimista: ninguém consegue conviver com pessoas pessimistas, amargas e carrancudas que passam o tempo todo tentando contradizer a beleza do sol e da lua.
- Seja um bom ouvinte: o que as pessoas mais precisam é de alguém que lhes dê ouvido e esperança.
- Lembre-se dos nomes: o nome de uma pessoa é para ela o som mais doce e importante que existe, afirmava Dale Carnegie. Você pode estar perdido no meio do deserto, mas se alguém aparecer e gritar o seu nome, a esperança renasce e os olhos brilham, pois o seu nome é o seu bem mais precioso.
- Sorria e humanize o que tem a dizer: trate as pessoas como se elas fossem mais importantes do que você, afinal, todos precisamos nos sentir especiais.
Conquistar as pessoas é uma habilidade que pode ser treinada e utilizada para elevar ainda mais o seu networking, a sua posição e o seu nome na sociedade. Pense nisso e seja bem mais feliz!
Quer saber mais? Leia o meu artigo A reinvenção de si mesmo
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