Salário e renda mínima
Depois de toda essa discussão sobre o piso salarial da enfermagem, mais do que merecido, vale a pena pensar sobre a questão da renda mínima que alguém precisa para sobreviver e da renda necessária para ser um pouco mais feliz.
Independentemente do piso, seja qual for a profissão, quero levantar uma uma pergunta: quantas pessoas aqui ganham bem, além de mim? Pode comentar, sem medo.
Eu ganho bem, mas há meses em que ganho mais e há outros em que ganho menos. Isso é bom ou ruim? Não importa, depende da minha prospecção, produtividade e entrega.
A questão não é quanto eu ganho, mas como eu administro o que ganho. Isso é assim desde os tempos mais remotos.
Eu costumo provar para meus alunos, amigos e clientes que todos ganham bem, não importa o salário nominal.Discutir a diferença salarial entre os sexos e as diferentes profissões é pura perda de tempo. O valor agregado.de cada profissão é o que faz a diferença.
Em geral, o que castiga o ser humano é a comparação, a necessidade de gastar para agradar os outros, a dificuldade de não reconhecer que o salário é compatível com o que o mercado paga, a inveja do patrão.
Pesa também a falta de consciência financeira e a pobreza de espírito que tomou conta do país e, não se pode ignorar, a situação econômica atual que empurra o valor do Real para baixo.
Em qualquer lugar do mundo sempre haverá diferenças salariais entre homens e mulheres, negros e brancos, heteros e homos, jovens e adultos.
A comparação vai castigá-lo. Geralmente, quando se pergunta o salário de alguém, a pessoa ganha mais do que você e aí vem a depressão. Por que o sofrimento. Cada um tem a sua história.
Certamente, em várias empresas ainda se pratica o achismo para definir salários, discriminação, machismo, nepotismo e outras convenções adotadas por ignorância ou por desconhecimento da nova ordem mundial.
Contudo, a diferença também existe por outras razões: tempo de casa, base de conhecimento, experiência profissional, promoções, níveis de autoridade e responsabilidade etc. É, provavelmente, o caso do William Bonner e da Renata Vasconcelos, afinal, um é Diretor e a outra é Apresentadora. Mas não há nenhum mal nisso. O mal é a comparação entre chuchu e banana, morango e goiaba, Faustão e Datena.
Por que ninguém reclama da diferença salarial entre Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo? Por que a Renata Vasconcelos não reclama da diferença salarial entre ela, Bonner, Maju, Alexandre Garcia e Eraldo Pereira?
Porque há diferenças significativas de percepção do valor agregado, queiramos ou não, gostemos ou não, e não adianta fazer cara feia.
Nas empresas sérias, o Plano de Cargos e Salários tende a corrigir essa distorção, afinal, independentemente da cor, sexo ou religião, Gerentes, Coordenadores, Analistas e Assistentes devem ter diferenças mínimas de salário, por conta dos fatores acima mencionados.
Salário e a consciência do dinheiro
Há um princípio básico na economia que diz o seguinte: sua despesa cresce ou decresce proporcionalmente de acordo com a sua receita, então, meus amigos, não é o que se ganha, é como se gasta.
Eu trabalhei em sete empresas diferentes e nunca me preocupei com a diferença salarial entre homens e mulheres, ao contrário, sabia de mulheres que ganhavam mais e homens que ganhavam menos, dentro das diferenças respeitáveis de faixas salariais definidas de acordo com a política da empresa.
Portanto, pare de invejar os outros e reclamar. Além de feio, é deprimente, contraproducente e deselegante. Em síntese, é um desperdício de energia vital.
Comece a pensar em como sair dessa situação onde a comparação e a competição vão conduzi-lo à depressão até o fim da vida.
Conheço gente que ganha R$ 2 mil por mês e vive feliz e também conheço gente que ganha R$ 50 mil por mês e vai morrer infeliz.
Sem consciência financeira, não há salário que solucione a pobreza de espírito. A vida é muito mais do que salário.
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