Tente outra vez: uma singela homenagem à resiliência
Faz trinta e quatro anos que Raul Seixas, o Maluco Beleza, deixou o convívio terreno e partiu para outra dimensão, em 21 de agosto de 1989). Entre as inúmeras músicas interpretadas pelo célebre Raul, uma delas continua recorrente na sociedade atual.
“Tente outra vez” diz respeito aos fortes de espírito, aqueles não se deixam vencer pelas adversidades ao longo do caminho. Deveria ser o hino dos que ainda creem na esperança de encontrar a sua própria voz, ou seja, a sua própria vocação.
A sociedade em que vivemos é uma sociedade voltada para o trabalho, portanto, é difícil escapar ao fato de que somos incentivados a trabalhar duro para conseguir o que queremos.
Desde pequenos, ouvimos dizer que bens materiais, reconhecimento, valorização e sucesso custam caro. Em geral, somos levados a imaginar que fama e fortuna estão disponíveis somente para aqueles que trabalham mais e chegamos ao ponto de acreditar que uma vida modesta, desprendida de esforço, nos impedirá de conseguir o que desejamos.
Infelizmente, não é possível corrigir os erros do passado, mas podemos aprender com eles. Quando crianças, nossa imaginação voava longe, queríamos ser de tudo, inventores, guerreiros, super-heróis, atores, bailarinos, professores, músicos e assim por diante.
Contudo, existia alguém que tentava colocar em nossa cabeça que o melhor é ser advogado, médico, engenheiro, empresário etc., ou seja, profissões supostamente bem remuneradas, seguras e tranquilas no futuro.
De fato, muitas pessoas foram banidas para sempre da sua verdadeira vocação e o resultado foi a frustração ocasionada pela formação de milhares de profissionais medíocres que acabam fazendo de tudo, menos aquilo para o qual nasceram.
Com o tempo você aprende a se conformar com a situação e, por mais que você queira chutar o balde, a mente acaba martelando coisas como “você não pode”, “não seja louco”, “agora é tarde”, “pense nos filhos”, “pare de sonhar” e outras aberrações semelhantes.
Por conta de tudo isso, de acordo com George Leonard, autor do livro Maestria: As Chaves do Sucesso e da Realização Pessoal, omundo moderno, com efeito, pode ser visto como uma prodigiosa conspiração contra a maestria.
Somos continuamente bombardeados com promessas de satisfação imediata, sucesso instantâneo e alívio rápido e temporário, que nos levam exatamente na direção errada.
Em geral, as pessoas são reféns dos pensamentos alheios e isso nunca há de nos levar a lugar algum, portanto, aprender é mudar, tentar, cair e levantar quantas vezes for necessário, e nunca perder de vista o sonho.
O aprendizado é muito mais do que aprender nos livros. Como diz Leonard, a aprendizagem durante a vida toda é um privilégio especial dos que percorrem o caminho da maestria, o caminho que nunca termina.
A única voz que você deve ouvir é a voz do seu coração. Se as crianças desistissem a cada “não” que recebem, o mundo seria um desastre. Portanto, não importa a área com a qual você se identifique, desperte a criança que existe dentro de você.
De vez em quando pare de trabalhar e tente obedecer a aquela voz interior que martela repetidamente o seu subconsciente para uma completa mudança de direção.
Por fim, como diria o nosso filósofo Raul Seixas,
Veja, não diga que a canção está perdida, tenha fé em Deus, tenha fé na vida, tente outra vez! Tente, e não diga que a vitória está perdida, se é de batalhas que se vive a vida, tente outra vez.
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