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O custo dos relacionamentos tecnológicos

Em pleno feriadão, muita gente está ligada no Facebook, Twitter, MSN, Linkedin, Orkut, Pinterest, Delicious e outras centenas de redes sociais alimentando o desejo de reconhecimento e disputando a atenção de milhares de concorrentes na web.

Segundo dados da União Internacional de Telecomunicações (ITU), agência ligada à ONU e com sede em Genebra, na Suíça, o mundo conta hoje com mais de 2 bilhões de usuários da Internet e mais de 5 bilhões de usuários de telefone celular, todos tentando, de alguma forma, se conectar ao mundo.

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De fato, para onde quer que você vá e onde quer que você olhe, há sempre alguém conectado esperando a próxima mensagem, o próximo toque, a próxima imagem ligeiramente modificada pelo Instagram e postada no Flickr, no Panoramio, em blogues e microblogues e, com um pouco de sorte, no iStockphoto e no site da National Geographic.

Com tantas ferramentas tecnológicas à disposição, o mundo está ficando recluso, abobado, iletrado, condenado à escravidão dos brinquedos eletrônicos, cansado de pensar, de escrever, de fazer algo produtivo, interessante. Será que ficamos reféns do pensamento alheio, da produção alheia, das esquisitices alheias?

Para onde foi aquela nossa criatividade, própria de quem não tinha notebook nem celular, PS3 nem Wii, iPod nem iPad? Onde foi parar a nossa curiosidade e avidez por conhecimento, própria de quem não tinha Internet e deveria, invariavelmente, recorrer à única biblioteca da cidade para consultar a Enciclopédia Britânica, Barsa ou Mirador?

Pesquisar dava um trabalho danado, mas o prazer do reconhecimento era maior. Hoje, ao entregar um trabalho, o professor fica desconfiado. De uma forma ou de outra, os pais eram mais presentes, os filhos mais obedientes e os amigos, menos inconsequentes.

Há pouco mais de dez anos, a Internet não ditava regras nem tendências tampouco sugava da família os minutos mais preciosos da convivência entre pais e filhos. O que se vê, em muitos lares, é “cada um por si, Deus por todos”.

Hoje, cada um tem o seu notebook, a sua televisão, o seu celular. As pessoas vivem isoladas em seus quartos, em suas salas de entretenimento projetadas para receber um círculo cada vez mais seleto de amigos enquanto os filhos desperdiçam o tempo nas redes sociais.

O custo de tudo isso é alto. Não temos mais como nos livrar da conta telefônica, do msn nem do sms, da banda larga, do wireless. Pesquisas recentes apontam que o custo dos relacionamentos tecnológicos aumenta ano a ano e, em alguns casos, ultrapassam o custo da moradia, do vestuário e até mesmo da alimentação.

Em casos extremos, o celular e a Internet substituíram a comida e as pessoas já não se importam muito se o almoço está na mesa, se a mãe levou duas ou três horas para preparar ou se aquele instante é o único em que a família pode se reunir.

A pós-modernidade é inevitável. Ela mudou a nossa forma de viver, de pensar, de ver e aceitar o mundo. Já não somos mais donos da nossa própria opinião. Se você pensa antes de falar, não fala. Se você fala antes de pensar, corre o risco de ter o próprio discurso usado contra si mesmo.

Há necessidade de se rebelar contra tudo isso? Evidente que não. Haverá sempre um antídoto para tudo: “tire o melhor proveito da mudança e você tirará o melhor proveito da vida”, afirma Lou Marinoff, filósofo e autor do best selller Mais Platão, Menos Prozac.

Na prática, você não precisa acreditar em tudo, comprar tudo, usufruir de tudo, participar de tudo, em síntese, ser refém de tudo. Tudo vicia: álcool, drogas, sexo, remédios e televisão. Não é diferente com os relacionamentos tecnológicos. Eles também criam paranoia.

Se você conseguiu chegar até esse ponto do artigo, ainda tem um bom controle sobre o que pensa a respeito de tudo isso e sobre o que deseja para si mesmo. Diferente de você, mais da metade das pessoas não passou do terceiro ou quarto parágrafo por várias razões cuja discussão não vale a pena.

Um delas, provavelmente, se deve à entrada de um novo e-mail, de uma nova mensagem no Facebook ou de um sms bem mais interessante do que prosseguir com a leitura de um texto que diz exatamente o contrário daquilo que o mundo está tentando lhe dizer.

Pense nisso e seja feliz!

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Olá! Seja muito bem-vindo! Sou Administrador, Coach, Mentor, Professor Universitário para Cursos de MBA e Palestrante com mais de 40 anos de experiência profissional em empresas de médio e grande porte, além de ser…

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