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A utilidade dos livros de autoajuda e um pouco de história

Livros de autoajuda são bons ou ruins?

A resposta para essa pergunta é um pouco complexa, pois depende do ponto de vista e da experiência de cada pessoa. Tenho lido uma infinidade de críticas em livros, jornais, revistas e na própria web a respeito da importância ou até mesmo da inutilidade da literatura de autoajuda. Há quem defenda e há quem critique.

Há quem diga que nunca leu um livro de autoajuda, mesmo sem saber do que se trata. Imagino que haja também pessoas que já leram inúmeros livros de autoajuda, mas são capazes de jurar que nunca vão colocar um desses na cabeceira da cama.

Muitos leitores argumentam que livros de autoajuda podem fornecer insights úteis e dicas práticas para melhorar a vida pessoal e profissional. Ees podem ajudar a aumentar a autoestima, desenvolver habilidades de comunicação e relacionamento, e oferecer ferramentas para lidar com o estresse e a ansiedade.

livros de autoajuda
Image by Freepik

No entanto, outros criticam os livros de autoajuda por serem superficiais e simplistas demais, ou por prometerem soluções rápidas e fáceis para problemas complexos. Há também críticas de que alguns autores de autoajuda estão mais preocupados com a venda de livros do que com a melhoria da vida das pessoas.

Em última análise, a resposta à pergunta em questão depende muito do que você está procurando e da abordagem do livro. Embora os livros de autoajuda possam ser úteis, e muitos são mesmo, eles nunca vão substituir o aconselhamento profissional, quando necessário.

Um pouco da história do livro

Antes de me aprofundar no assunto, vale a pena resgatar um pedaço da história do livro. Há quinhentos anos, mais ou menos, os bons homens da Idade Média eram, na realidade, legítimos bárbaros um pouco civilizados. Eles não sabiam absolutamente nada.

O conhecimento da maioria na época era inferior ao de qualquer criança de oito ou dez anos dos dias de hoje e para adquiri-lo, as pessoas eram induzidas ou obrigadas a recorrer a um único livro: a Bíblia. Tudo que o ser humano comum desejasse saber sobre astronomia, biologia, geometria, matemática, medicina e qualquer outra ciência deveria ser explicado, única e exclusivamente, à luz da interpretação bíblica.

De acordo com o historiador Hendrik Willem Van Loon, autor do maravilhoso História da Humanidade, um segundo livro foi acrescentado à pobre biblioteca medieval das poucas universidades, no século XII: a grande enciclopédia de conhecimentos úteis, compilada por Aristoteles, filósofo grego do século IV antes de Cristo.

Depois da Bíblia, Aristóteles foi reconhecido como o único mestre confiável, cujas obras poderiam, sem dano, ser postas nas mãos dos verdadeiros cristãos, segundo o Van Loon, o que atrasou a evolução da humanidade em, pelo menos, 300 anos.

Na Alemanha do século XV, na cidade de Mainz, quando Johannes Gutenberg inventou um novo método de copiar livros, o mundo inteiro tornou-se o público em potencial de todos aqueles que tinham algo para dizer.

Apesar de ter perdido seu patrimônio numa disputa judicial que colocou em dúvida a autoria de sua invenção, e de ter morrido na pobreza, Gutenberg consolidou o fim de uma época em que o estudo e a erudição eram monopólio de poucos privilegiados e a “expressão do seu gênio inventivo continuou viva depois dele.”

Contudo, vez por outra, pessoas curiosas como Roger Bacon, Nicolau Copérnico, Giordano Bruno, Galileu Galilei e, mais adiante, Charles Darwin, insinuavam teorias diferentes dos escritos da Bíblia ou dos ensinamentos de Aristóteles.

Ao confrontar a Igreja, o sujeito era obrigado a se desculpar, mediante uma comissão composta pelo Papa, o imperador, cardeais, bispos e arcebispos, além de abades e príncipes que se haviam reunido para defender as sagradas escrituras, sob pena de arder na fogueira da Santa Inquisição e gemer de dor até a morte.

Quinhentos anos depois, o mundo tem à sua disposição milhares de livros escritos em todas as formas e idiomas passíveis de tradução. Não é necessário mais temer o homem de um livro só, como alertava Confúcio, o grande filósofo chines.

Diariamente, surgem milhares de novos títulos, em diferentes línguas, para todos os gostos e idades. Isso é uma maravilha que não tem preço. Assim, é possível escolher à vontade a leitura que mais lhe convém e ignorar aquela com a qual você não tem a menor afinidade. Por meio da leitura e do aprendizado, conquistamos o livre arbítrio justamente para decisões dessa natureza.

Sobre a utilidade dos livros de autoajuda

Em geral, podemos concordar ou não com o conteúdo, mas o fato é que alguém teve a coragem de expressar suas ideias no papel, por mais malucas que possam parecer. E ideias são assim, surgem de todos os lados, e cada um lhes dá o destino que julgar apropriado.

Concordo que existem livros de conteúdo sofrível e qualidade duvidosa, mas somente o livre arbítrio e o bom-senso nos livrarão da leitura indesejada, seja de livros impressos ou de conteúdos de qualidade e origem mais duvidosa ainda, postado em milhares de sites e blogues na Internet.

Eu mesmo já tive um livro classificado como literatura de autoajuda, embora não tenha escrito com esta finalidade. Isso me incomodou por algum tempo, mas não passou de bobagem. O fato não torna o livro menos ou mais valioso do que ele é. O que faz um livro bom ou ruim é a mensagem nele contida e o ser humano que existe na pele de quem o escreveu.

livros de autoajuda
Image by Freepik

Dizer que você nunca leu ou nunca vai ler um livro de autoajuda pode ser enganoso. De uma forma ou de outra, todos são considerados de autoajuda, principalmente quando nos fazem pensar e agir de maneira diferente de quando iniciamos a leitura. O que mais se busca no livro é o autoconhecimento, o pensar diferente, o encurtamento do aprendizado, as respostas para questões complexas.

Quando leio a respeito de tudo o que ocorreu na história, sou grato pelo quanto já evoluímos e penso muito sobre o que ainda pode ser feito com base no conhecimento alheio. O livro é puro conhecimento alheio aplicado. Não importa se é livro de autoajuda, técnico ou de ficção. Alguém se predispôs a pensar, organizar as ideias e compartilhar a sua versão dos acontecimentos. O que nos cabe discernir entre a boa e a literatura ruim.

Faz muito tempo que eu me tornei um leitor voraz, quase compulsivo, em razão da minha paixão pelos livros. Penso ser a leitura uma boa maneira de olhar o mundo sob uma perspectiva diferente daquela que nos foi empurrada goela abaixo nas escolas. Não importa o autor e o tema.

No meu caso, já fui de Homero a J. K. Rowling, de Aristóteles a Jordan Petersen. Todos têm o seu valor. Ler livros é querer o bem de si mesmo. Dar livros de presente é querer o bem dos outros. Publicar livros é colecionar emoções indescritíveis durante a vida toda.

Por fim, para consolidar a ideia do livro de autoajuda, resgatei alguns versos do poeta satírico espanhol Marcial, nascido no ano 40 da nossa era. Pelo fato de ter vivido uma vida livre, a serviço dos poderosos, Marcial foi um cronista social muito combatido e perseguido no seu tempo.

Um pequeno trecho da sua obra continua atual e foi escrito em rebate às críticas de um contemporâneo da sua época: Você não publica teus versos, Lélius, mas critica os meus; põe fim às tuas críticas, ou publica os teus.

Pense nisso, continue lendo muito e seja muito feliz! E não esqueça de ler os meus livros!

Gostou? Comente, compartilhe, retribua por todo conhecimento adquirido.

Quer saber mais? Leia o meu artigo Leitura crítica

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