Todos os dias, milhares de pessoas se levantam de manhã para cumprir uma rotina estressante e, por vezes, enlouquecedora. Escovam os dentes, arrumam os cabelos, tomam café, pegam o elevador, abrem a garagem, dirigem o carro, enfrentam o ônibus, levam os filhos para a escola e, por fim, chegam ao trabalho para cumprir suas obrigações, no sentido literal da palavra.
Algumas não vêem muito sentido nisso, mas seguem fielmente o ditado “melhor um pássaro na mão do que dois voando”, portanto, falta-lhes coragem para mudar suas atitudes e, sem isso, suportam a mesmice já que as contas não param de chegar.
A maioria das pessoas fará isso até o dia da aposentadoria ao imaginar que, depois de trinta e cinco anos de trabalho ou mais, finalmente, a missão está cumprida e, assim, poderão viver uma vida mais intensa.
Quando a realidade das pessoas está desalinhada com o seu propósito de vida, elas sobrevivem com base em expectativas como se, num futuro não muito distante, os problemas pudessem acabar sem o menor esforço.
Muita gente acha que o tempo resolve isso, então, o discurso não muda: quando Deus quiser, quando meus filhos crescerem, quando se formarem, quando eu me aposentar, quando eu me formar, quando as crianças saírem de férias e assim por diante.
A maioria quer que a esposa mude, os filhos mudem, o vizinho se mude, o chefe e o mundo mudem, mas são poucas as pessoas que estão dispostas a mudar a si mesmo, portanto, prefere seguir esperando até que alguma coisa mude.
A dura realidade é que trabalhar por mais de trinta anos a fim de se conseguir uma renda fixa por mais trinta, por vezes muito inferior àquela que se recebe durante a maior parte da vida, pode ser frustrante. É quando alguém diz “agora vou poder realizar o meu sonho, fazer o que eu gosto, estou livre”. Bobagem!
A interrupção abrupta do trabalho em forma de aposentadoria é o melhor caminho para a infelicidade. Conheço poucas pessoas que se aposentaram e se tornaram mais felizes do que antes, a despeito de toda pressão ou estresse que sofreram no trabalho. É impossível conseguir algo diferente fazendo as coisas do mesmo jeito.
Além do mais, imaginar que o tempo é capaz de corrigir as bobagem que se comete ou o tempo que se perde na esperança de um futuro melhor, sem fazer a parte que nos cabe, é mera ilusão.
O tempo é uma criança rebelde que não para de crescer e como não envelhece, a única coisa que faz é castigá-lo enquanto você leva a vida na flauta achando que ainda tem muito tempo para fazer o que tem que ser feito.
Quer viver a vida de maneira intensa? Quer viver uma vida digna de ser contada nos livros de história? Não existe segredo para isso, mas algumas coisas são essenciais:
- Mude de casa, de cidade, de curso, de emprego, de vida. Experimente!
- Leia livros, veja filmes, vá ao teatro, não perca o show do McCartney por nada.
- Elogie mais, critique menos, torça pelo sucesso das pessoas.
- Dedique-se a uma causa, torne-se um voluntário, caminhe um quilometro extra.
- Viaje, conheça novas culturas, respire outros ares, abra sua mente.
- Se não for o melhor, procure ser um dos melhores naquilo que faz.
- Faça alguma coisa útil todos os dias, seja um realizador por natureza.
- Nunca saia de casa sem um belo sorriso no rosto.
- Escreva sua própria história, compartilhe, dê o exemplo.
- Espere menos, ame mais, viva cada dia como se fosse o último.
Viver a vida intensamente é um desafio. Como diz o ditado, a vida é uma festa e quem vive de maneira intensa tem mais chance de errar e se desenvolver para atingir a plena felicidade.
E a felicidade, meu caro leitor, nada mais é do que a soma daqueles pequenos e repetidos momentos de alegria que deveriam ser congelados para todo o sempre.
Pense nisso e seja bem mais feliz!
Quer aprender mais? Leia o artigo É preciso amar como se não houvesse amanhã