A origem de A Lei do Triunfo
Faz trinta anos que eu tive a curiosidade e a felicidade de ler o best-seller A Lei do Triunfo, de Napoleon Hill, pensador e escritor norteamericano. Hill foi encarregado por Andrew Carnegie, magnata do aço, de entrevistar milhares de pessoas bem-sucedidas nos Estados Unidos, no início do século passado.
O livro é resultado de quase vinte anos de pesquisa e muito trabalho onde o autor resume, em 15 princípios, as características, os valores e as virtudes de quinhentos ilustres selecionados que conquistaram a glória naquele país.
Naturalmente, são princípios aplicáveis ao mais comum dos cidadãos que deseja crescer pessoal e profissionalmente. Um livro denso, recheado de exemplos, fruto de intensa pesquisa e dedicação.
Quando eu realizei o investimento, o livro estava na décima primeira edição e hoje está na trigésima sexta. Apesar de antigo, surrado e um tanto amarelado, está sempre por perto, ao alcance de todos.
Se alguém da família se aproxima com cara de desânimo, eu simplesmente retiro-o da estante e coloco à disposição para leitura, revisão de conceitos e uma boa reflexão.
Toda vez que eu comento ou recomendo esse livro, alguns torcem o nariz, outros se fazem céticos e muitos talvez até desacreditem no meu trabalho, O fato de o considerarem uma espécie de autoajuda, o que, para uma leva de desavisados, não soa bem para um professor e pesquisador como eu, não é nenhum problema.
Sinceramente, isso não é faz a menor diferença. O importante é que vai ajuda-lo de todas as formas. O livro realmente teve uma importância significativa no meu desenvolvimento pessoal e profissional, isso é o que vale.
Um livro sensacional
Conheço gente que daria tudo para aprender a ler e conseguir comprar bons livros com mais frequência. E de todas as pessoas que conheço e gostam de boa leitura, a maioria tem um título marcante na ponta da língua para mencionar e sente orgulho de ter lido.
No meu caso são muitos, porém A Lei do Triunfo é especial bem como A Montanha Mágica, de Thomas Mann, Premio Nobel de Literatura, e a Revolução dos Bichos, de George Orwell, clássicos da literatura mundial.
Apesar do sucesso de Napoleon Hill, é possível encontrar na web uma sucessão de comentários negativos a respeito do seu trabalho. Existem coisas do tipo “não acredito em livros que indicam a fórmula da riqueza ou do sucesso” ou “isso ajuda somente quem vende livros de autoajuda”.
Na época, Hill era um um jovem repórter e deixou o nome registrado na história, fato que irrita muita gente que prefere combatê-lo em vez aplicar pelo menos uma parte dos princípios divulgados no livro.
Quando você devorar o livro num instante, o que aconteceu comigo, talvez chegue à mesma conclusão do autor. Pensar, planejar, ser criativo, suar a camisa, ser uma pessoa de fé e ter confiança em si mesmo dão um trabalho danado.
Para muitos, é mais fácil tentar a sorte na mega sena, apropriar-se de coisas alheias, desviar dinheiro de empresas ou, quem sabe, aguardar ansiosamente a herança do papai que já está velhinho, coitado, nem aproveita mais nada.
Parafraseando Napoleon Hill, enquanto o ser humano não encontra um propósito definido na vida, dissipa energias e dispersa pensamentos sobre diversos assuntos e em variadas direções, que não conduzem ao poder, mas à indecisão e à fraqueza. E posso acrescentar, por experiência própria, às críticas, à inveja e à perda de energia vital.
Ralph Waldo Emerson era mais contundente com sua escrita refinada e, por vezes, de difícil entendimento: “ser você mesmo em um mundo que está constantemente tentando fazer de você outra coisa é a maior realização”. Leia isso várias vezes, se necessário.
Certamente, alguém que teve o prazer de conhecer e conversar com pessoas como Andrew Carnegie, Henry Ford, John Rockfeller, Robert Dollar, Theodore Roosevelt e Thomas Alva Edison, pressupõe-se, não volta ao seu estado original, pois acumula uma sabedoria singular.
Seria o mesmo que conviver com personalidades do calibre de Abílio Diniz, Antonio Ermírio de Moraes, Rui Barbosa, Silvio Santos e Zilda Arns. O semblante das pessoas muda quando se referem a eles.
As bases de A Lei do Triunfo
Dos 15 princípios originais definidos pelo autor, quatro influenciaram de maneira significativa o meu modo de pensar e agir: o objetivo principal definido, a imaginação, a fórmula da confiança em si mesmo e a força do hábito.
Com base nisso eu construí a minha visão e a minha missão de vida, aliado a valores e princípios sólidos e duradouras. Acredite, esse livro transforma as pessoas.
O lado prático de A Lei do Triunfo resume-se ao seguinte: não existem atalhos para o sucesso. A combinação de um desejo ardente de prosperidade com um propósito de vida definido e um plano de ação efetivo para se atingir o objetivo será sempre o melhor caminho.
Além disso, fé inabalável em Deus e confiança em si mesmo são ingredientes indispensáveis. E como diria Edison, o pai da lâmpada elétrica, 1% por cento de inspiração e 99% de transpiração são mais do que suficientes.
A inquietude típica de criança, a insatisfação geral com o mundo e a necessidade permanente de sentir-se importante são apenas algumas das razões que direcionam o ser humano para inúmeras tentativas de aceleração da riqueza material.
Antes mesmo de uma realização interior mais profunda, mais consistente e digna de merecimento na sociedade, somos meramente iludidos com a ideia de que dinheiro e poder nos farão respeitados.
Durante muito tempo eu atribuí uma série de justificativas sem fundamentos para o meu fracasso profissional até determinada fase da minha da vida. Quando fui demitido pela primeira vez, o mundo desabou sobre mim.
Embora eu fosse reconhecido nas empresas onde trabalhei, eu nunca estava contente. O preciosismo e o perfeccionismo foram extremamente prejudiciais na minha carreira. Faltou-me a simplicidade, a força do pensamento positivo, mais atenção aos relacionamentos.
Infelizmente, ninguém consegue mudar o passado, mas é possível aprender com ele, portanto, olhar para o futuro e viver intensamente o presente é o caminho mais sensato.
Por essas e outras razões, eu decidi levantar a cabeça, dar a volta por cima e criar uma visão e uma missão de vida sustentada por valores inegociáveis, os quais serão levados comigo até o dia do suspiro final.
Como diria Emerson, “nada te pode trazer paz senão o triunfo dos princípios” e tenho em mente que os princípios são a base para o triunfo. Portanto, nunca deixe de sonhar, de ser otimista, de praticar o bem.
Por fim, prepare-se para o melhor, espere o melhor, pense sempre no melhor e a Lei do Triunfo será cumprida. E, acima de tudo, lembre-se de que é impossível crescer e melhorar de vida apenas lendo o livro. É necessário colocar em prática e, nesse sentido, A Lei do Triunfo é uma referência singular.
Os 15 princípios
O importante é ler o livro, mas para aguçar ainda mais a sua curiosidade, aqui estão os 15 princípios definidos por Napoleon Hill, com base em intensa pesquisa, os quais podem transformar qualquer pessoa com um propósito de vida bem definido numa pessoa melhor em todos os sentidos:
- Um objetivo principal definido
- Confiança em si mesmo
- O hábito da economizar
- Iniciativa e liderança
- O poder da imaginação
- O entusiasmo | Querer é poder
- Autocontrole
- O hábito de caminhar um quilômetro extra
- Uma personalidade agradável
- Pensar com exatidão
- A concentração
- A cooperação
- Tirar proveito dos fracassos
- Tolerância
- A regra de ouro
As palavras de Napoleon Hill encerram a lição de hoje: “Ame as suas visões e os seus sonhos como se eles fossem as crianças da sua alma; os planos de suas maiores realizações”.
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